XII Jornadas IGOT dos Professores de Geografia
A primeira grande novidade destas Jornadas está no facto de, pela primeira vez, não terem sido realizadas em setembro, mas sim no início do mês de julho o que permitiu uma maior participação por parte dos docentes.
O programa contou com a contribuição de vários docentes de Geografia “seniores”, na atualização de temáticas, e de docentes mais jovens, que assim passaram a partilhar a sua atividade com os docentes do ensino básico e secundário: Gonçalo Vieira abordou a investigação mais recente sobre o permafrost; Jorge Malheiros analisou a sustentabilidade demográfica; José Luís Zêzere falou sobre os “Geohazards” e António Lopes analisou a temática das “Local Climate Zones” na importação direta das designações internacionais anglosaxónicas.
Por outro lado, intervindo pela primeira vez nas Jornadas, Luís Mendes explorou a “Gentrificação e crise da habitação” e César Capinha analisou “O impacto da atividade humana na redistribuição das espécies à escala global”. Em registos diversos, Miguel Neiva, da ColorADD, e Rogério Madeira, da Câmara Municipal de Mafra, abordaram a utilização da cor em documentos, designadamente cartográficos para daltónicos; Sérgio Claudino, por seu turno, explorou “A educação geográfica em Portugal, século XXI. Paradigmas, problemas e potencialidades”.
O terceiro e último dia das XII Jornadas dos Professores de Geografia contou, como é habitual, com uma visita de estudo. Este ano a visita foi efetuada à Península de Setúbal, cruzando as alterações climáticas com a mudança das dinâmicas socioespeciais deste território da Área Metropolitana de Lisboa, conciliando-as com uma visão prospetiva, ou seja, tendo presente a anunciada construção do novo aeroporto de Lisboa.
Se no ano passado os participantes não se intimidaram com a chuva copiosa que caiu ao começo da manhã, agora resistiram ao sol e calor, por vezes intensos. São assim os geógrafos e assim mais umas Jornadas dos Professores de Geografia.
Texto: Sérgio Claudino